"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras coisas. E outras pessoas. E outros amores."
(
William Shakespeare)

7 de setembro de 2016

Decepção Não Mata


Bateu aquela bad. Das fortes. Daquela que me faz chorar. Que me faz pensar. Que me faz ver o quanto eu ainda vivo em um mundo que nada mais tem haver comigo. Me fez questionar meus valores, como ser humano, como cidadão. Questionar tudo, sem exceção. Inclusive minhas escolhas. De como cheguei até aqui. Tudo. Questionei a minha felicidade. Parece que ela não existe? Não. Nunca. E por não mais querer viver assim, resolvi mudar. Para o meu bem, e para o bem dos outros. Esses outros que nunca me entendem. Vivo numa bolha, lutando para que o mundo não me contamine, com sua ideia perfeito de felicidade onde não se sente, só se vive, numa ânsia de chegar a lugar nenhum. Não quero isso. Não desejo isso nem para o meu pior inimigo. E um belo dia me apaixonei e resolvi dar uma chance a meu coração. Não me arrependo de nada. Queria muito viver essa história que foi, é linda. Somos diferentes. De épocas diferentes. De vidas diferentes. Mundos diferentes. Acreditando na lenda de que "os opostos se atraem", segui acreditando que enfim, havia encontrado o amor da minha vida. Hoje nem sei se é amor. É tudo muito confuso. De fato, tenho um carinho muito grande por ele. Mas isso que sinto não é capaz de fazer com que eu me entregue e viva de fato essa história, com a minha verdade. Sim, a tal verdade. Algumas coisas ficaram sem ser ditas. Que bom. Realmente não acho mais necessário que ele saiba de coisas tão pessoais, tão minhas. Não faz mais sentido. Quero ter ele na minha vida sim, pra sempre se possível. Mas não no papel que eu julguei caber a ele, de amor da minha vida. Esse papal ainda está vago. Não quero dividir minha vida com ele. Não consigo. Um cara fraco, cheio de limitações. O que não é um defeito. Porem preconceituoso e conservador, tudo que mais desprezo em um ser humano. Achei realmente que o tempo fosse capaz de mostrar que estava errado. E mesmo ouvindo de sua boca, que não iria mudar, eu aceitei viver a verdade dele. Não preciso dizer o quanto isso me fez mal. Só eu sei. E não precisou muito para um de nós abandonar o barco. Abandonei. Abandonei sem magoas, pois tenho consciência que muito de como nossa relação se desenhou, se deve as minhas escolhas. Muito bem lembrado por um amigo inclusive, dia desses. O que me frustou foi ver o grau de importância, que eu tenho na vida dele. Não existia mais um equilíbrio. Ficou pesado demais carregar essa historia adiante, sozinho. Sim ele me decepcionou. Mas decepção não mata. Ensina a gente virar a página e seguir em frente. Porque a caminhada é longa.

Sabe qual foi a conclusão que eu cheguei, depois de tudo? Que é caro demais viver essa liberdade de ser quem eu sou.