E o fim

Tem dias que acordo não querendo levantar. Pensando quando vai ser o último. Não me reconheço. Não me identifico. Não me vejo nos outros. Sigo estranho a esse mundo. Porem não alheio a ele. Tudo machuca, doe. Palavras, olhares, atitudes de quem se diz humano. Não me reconheço. Sigo estranho a minha Terra. Nesse mar de gente, nado contra a corrente. Por vezes sem forças, me afogo. Volto a nadar. Não me entrego. As trocas que faço diminuem essa dor. Jamais acaba com ela. E o fim. Cadê? Espero. Já não tão paciente. Não me reconheço.